14.03
Rio de Janeiro
Farmasi Arena
Ingressos
O mundo dá muitas voltas.
Mais de 300 num ano, como diz Alceu
no diálogo de “A Luneta do Tempo”.
E a terra gira em torno do sol
a cada ano que passa.
E em cada giro,
há um sol a ser seguido,
uma luz a ser dançada,
um palco a ser aceso.
Alceu Valença 80 girassóis é a celebração desses giros circulares — do tempo, da Terra, da vida — e de um artista que, há oito décadas, gira junto com o mundo sem nunca perder o eixo da sua própria luz.
Inspirada na canção “Girassol”, a nova turnê reverbera o lado solar de Alceu — o brilho das cores, a força das imagens, o encantamento que nasce entre o céu e o chão do Brasil.
O palco, para ele, é território mágico e circular: lugar onde o gesto canta, onde a voz encena, onde o espaço vazio se torna espetáculo.
Alceu é mais que um ponto no mapa: é uma luz que irradia a cultura do sertão e litoral pernambucano girando em uma direção íntima e estética viva — dele vêm os ritmos, os bichos, as frutas, os amores e os mitos que fazem sua obra florescer.
Alceu sempre cantou largo, longe, alto: o seu chão é o mundo.
Alceu Valença 80 Girassóis
é um rito de brilho e travessia.
Uma homenagem ao tempo
vivido e ao que ainda floresce.
É o sol em movimento circular: passado, presente e futuro
num só momento.
É Alceu em seu estado de luz.
ALCEU VALENÇA comemora oito décadas de vida em 2026, ligado em infinitos volts de energia limpa, renovada e solar. Para comemorar a data, a turnê 80 GIRASSÓIS vai percorrer dez capitais brasileiras, a partir de março, em show especialmente concebido para arenas e grandes casas de espetáculo. É Alceu no auge da forma, com todo o seu impressionante vigor em cena, há oitenta anos girando em torno do astro-rei.
Montado no futuro indicativo, o cantor sobrevoa sua própria trajetória artística, desde a década de 1970 até os dias atuais. A saga musical de Valença tem início a bordo de “Papagaio do Futuro”, defendida por Alceu, Geraldo Azevedo e Jackson do Pandeiro no Festival Internacional da Canção, chamada por Jackson de “a embolada do ano dois mil”. Também dos primeiros tempos, “Espelho Cristalino”, com contornos de toada e baião, é pioneira na causa ambiental. Pela luz que incendeia seu ofício, cabe ao poeta alertar que “essa rua, sem céu sem horizontes, foi um rio de águas cristalinas”.
Criando calo em pé caminhador, percorre as vias do sertão em “Cabelo no Pente” e “Cavalo de Pau”, entre ruas do passado e ondas de puro éter espalhadas pelo milharal. Desde os tempos da Fazenda Riachão, que pertenceu a seu pai, em São Bento do Una, agreste de Pernambuco, o menino Alceu teve nas festas, feiras e vaquejadas do Nordeste profundo a mesma fonte absorvida por Luiz Gonzaga para formatar os gêneros que desembocaram no forró. Seu Luiz, por sinal, deu a definição certeira do som de Alceu, já nos anos 80: “é uma banda de pífanos elétrica”. O legado do rei do baião se faz presente nas recriações de “Pagode Russo” e “Sabiá”, esta com leve sotaque lusitano, a provar que o fado português e a toada nordestina sempre dão psiu entre si.
Por ruas, estradas e caminhos ensolarados, o cantor nos leva a Recife, tema de “Pelas ruas que Andei” e “Belle de Jour”, recentemente revisitada em dueto com a cantora francesa Zaz. Só mesmo Alceu para desembarcar a musa da nouvelle vague francesa em plena praia de Boa Viagem na tarde um domingo azul (e hoje a canção é mais famosa que o filme que a inspirou). Dizem que até a garota de Ipanema tem uma pontinha de ciúmes da Belle de Jour.
Do Recife ao carnaval de Olinda, o frevo, o maracatu e as cirandas disseminam sua vibração avassaladora. Há mais de uma década, Alceu comanda o bloco “Bicho Maluco Beleza” pelas ruas de São Paulo, e agora também do Recife, com cerca de um milhão de felizes foliões em cada evento. Parte dessa atmosfera pode ser conferida na turnê 80 Girassóis, com um módulo dedicado ao Alceu carnavalesco. Porque em Olinda é sem igual.
Ao longo de toda a carreira, Alceu se notabiliza por cultivar as sonoridades do Brasil e do Nordeste em linguagem contemporânea, urbana, e com irresistível apelo para as massas. As projeções, com direção de Rafael Todeschini, vislumbram os diversos grafismos oníricos da obra do artista.
Com notável capacidade de renovar seu público, canções como “Anunciação”, “Tropicana”, “Belle de Jour”, “Como Dois Animais”, “Coração Bobo”, atravessam o tempo, recicladas a cada geração. Com 200 milhões de acessos no Spotify, “Anunciação” é cantada em estádios dentro e fora do Brasil, enquanto “Belle de Jour” possui mais de 300 milhões de visualizações no YouTube. “Tropicana” ultrapassa a marca de 100 milhões de ouvintes no Spotify.
De “Papagaio do Futuro” ao “Táxi Lunar”, Alceu sempre quer fazer a gente voar. Na poética, no espaço rítmico, na inventividade sem limites da canção, no tempo que mesmo virado ao avesso não se pode mensurar:
- Sou um eterno menino, me sinto com oitenta ao contrario, oito anos talvez. Ou o oito traçado na horizontal, que é o símbolo do infinito. Minha mãe dizia: ‘meu filho, você veio ao mundo para levar alegria às pessoas’. É uma espécie de missão”, celebra o mais jovem oitentão da música brasileira.
ALCEU VALENÇA apresenta a turnê 80 GIRASSÓIS acompanhado por Tovinho (teclados e direção musical), Cássio Cunha (bateria), Zi Ferreira (guitarra), Nando Barreto (baixo), André Julião (sanfona), Costinha (flautas). Participação: Lui Coimbra (violas e violoncelo) e Natalia Mitre (percussão).
Identidade visual: Oblíquo
Projeto videográfico e direção de arte: Oblíquo & Radiográfico
Figurinos: Isabela Capeto
Realização: Peck Produções e MV Produções